RETROSPECTIVA 2015

Conheça quais foram os principais avanços da FAB relacionados à gestão

Um dos desafios assumidos pelo Comandante da Aeronáutica em janeiro foi o aperfeiçoamento da eficiência
Publicada em: 24/12/2015 08:00
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Fonte: Agência Força Aérea

  Em janeiro desse ano, quando assumiu o Comando da Aeronáutica (COMAER), o Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato disse, em seu discurso de posse, que a reestruturação organizacional e a concentração das atividades administrativas eram fundamentais para acompanhar a modernização dos meios operacionais. Já em entrevista para a revista Aerovisão, edição de Janeiro/Fevereiro/Março, o Comandante assumiu o compromisso de aperfeiçoar a eficiência da Força, por meio de medidas relacionadas à gestão.

Em 2015, diversas ações foram tomadas na FAB com vistas a alcançar a meta lançada pelo Comando, como a implementação de um sistema de TI voltado para o cadastro de fornecedores, o CADTEC, a negociação para montar uma Parceria Público-Privada (PPP) para manutenção de aeronaves e a criação de unidades voltadas para congregar atividades administrativas, os grupamentos de apoio.

Leia, abaixo, sobre os principais avanços da FAB relacionados à gestão em 2015.

COMAER propõe Parceria Público-Privada para manutenção e controle do espaço aéreo - A partir de 2017, a FAB pretende realizar a manutenção de sua frota de aeronaves por meio de uma PPP, com o objetivo de ter mais aviões prontos para defender o espaço aéreo brasileiro.

A ideia é estabelecer um único contrato por um período mínimo de 22 anos. A depender dos resultados alcançados, novos estudos poderão ser realizados para a inclusão das aeronaves KC-390 e Gripen NG. Mesmo nos casos em que a manutenção seja feita por empresas contratadas, militares da FAB estarão envolvidos no processo para que não se perca a expertise sobre determinado equipamento. Eles receberão capacitação especializada. Um dos benefícios desse tipo de contrato é que todo o investimento de bens móveis e imóveis feito pelo ente privado fica para o Estado após o término do contrato.

O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) também propôs uma PPP para atender aos serviços de suprimento e manutenção dos equipamentos do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB).

FAB conclui implementação de sistema de TI para contratação de fornecedores - Em novembro de 2015, o último módulo do Cadastro Técnico de Fornecedores (CADTEC) foi concluído. O software está em uso na FAB desde 1º de janeiro e reúne bancos de dados de diversas instituições federais, além de conter informações sobre quase 3 mil empresas que são ou que podem vir a ser fornecedoras da instituição.

“A partir da avaliação das empresas que nos fornecem, que agora está disponível online pelo CADTEC, podemos fazer uma gestão de risco, para que falhas verificadas em contratos anteriores não se repitam e, assim, que o fiscal tenha ferramentas para fazer um acompanhamento mais eficaz desse contrato”, explica o Coronel Marco Aurélio Souza, da Secretaria de Economia e Finanças da Aeronáutica (SEFA). 

Leilão de materiais aeronáuticos rende R$ 1 mi para o Comando da Aeronáutica – A marca foi conquistada no mês de novembro por meio de alienações promovidas pelo Grupamento de Apoio Logístico (GAL). Os materiais leiloados são diversos e podem ser peças de aeronaves, carros, ônibus, tratores, motocicletas entre outros. Os materiais servíveis são os de melhor estado, porém são inutilizados por terem manutenção cara ou não serem economicamente viáveis. Se não fosse leiloada, a carga estaria parada e gerando custos de armazenamento.

COMAER é destaque em relatório do TCU - Em meados de junho, a presidente Dilma Rousseff recebeu o Relatório Preliminar sobre as Contas do Governo, elaborado pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Dentre os números apresentados, um dado chama a atenção: o Comando da Aeronáutica (COMAER) está entre as seis instituições que não tiveram restrições na conformidade contábil no exercício de 2014.

Ao todo, são avaliados, nesse quesito, 33 órgãos superiores do Poder Executivo Federal. O COMAER vem repetindo o feito desde que o TCU passou a adotar este modelo de relatório, em 2011. “Em regra, restrição contábil significa existência de erros ou pendências que prejudicam a qualidade dos dados no SIAFI”, explica o Major Giovanni Magliano Júnior, da Secretaria de Economia e Finanças da Aeronáutica (SEFA).

Concentração de atividades administrativas aumenta eficiência e libera recursos para atividade-fim – Em 2015, o plano de reorganização das organizações da FAB começou a sair do papel. A ideia é centralizar atividades administrativas, permitindo que as unidades possam se dedicar integralmente às suas atividades-fim.

O principal ganho, que já está sendo observado, é a “economia de meios humanos e financeiros, visto que a mudança deve reduzir significativamente a quantidade de serviços redundantes, o preenchimento das lacunas de recursos humanos, a padronização dos processos administrativos e permitir o mais importante: foco na atividade operacional”, afirma o Chefe do Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER), Tenente-Brigadeiro do Ar Hélio Paes de Barros Júnior.

O Grupamento de Apoio Logístico (GAL), localizado no Rio de Janeiro (RJ), por exemplo, acumula os trabalhos da área de finanças de nove unidades. A concentração de atividades significou uma redução de 39,48% no número de documentos contábeis gerados. Um efetivo 50% menor passou a lidar com volumes financeiros quase 150% maiores.